Título: Preacher;
Canal: AMC;
País: EUA;
Status: 2ª temporada (renovada);
Episódios: 10;
Duração: 52 minutos;
Gênero: Ação, Terror e Humor Negro;
Criado por: Seth Rogen, Evan Goldberg;
Elenco principal: Dominic Cooper, Ruth Negga, Joseph Gilgun;
Jesse Custer torna-se pastor em uma pequena cidade texana e tenta seguir os passos do seu falecido pai, tomando conta das pregações na igreja local. O pastor acaba sendo possuído por Gênesis, uma entidade que está sendo procurada pelos anjos e que concedeu o dom da Palavra a Custer. Sua ex-namorada Tulipa volta para a cidade e não acredita que mudou tanto e Cassidy é um vampiro irlandês que acaba aparecendo e torna-se melhor amigo do Pastor.
RESENHA
A série é uma adaptação dos quadrinhos de mesmo nome e criada por Steve Dillon e Garth Ennis em 1995. O canal americano AMC trouxe o mesmo plot da HQ para as telas e apresentou a história do pastor Jesse Custer (Dominic Cooper), sua ex-namorada Tulipa O'Hare e do vampiro irlandês Cassidy na cidade de Annville. Já faz um tempo que li o primeiro volume da HQ, não consegui ainda dar continuidade aos outros volumes e até onde sei, a série não se prende literalmente aos quadrinhos. Vou focar apenas na primeira temporada da série (em breve resenha sobre a 2ª temporada) e evitar muitas comparações narrativas da obra original com sua adaptação.
Em seu episódio Piloto, Preacher não chega a ser muito atrativa e só começa a tomar forma entre o segundo episódio e o terceiro. Jesse Custer (Dominic Cooper) é um cara que saiu da vida do crime e retorna para a pequena cidade de Annville, no Texas. Vale citar que toda a paisagem é bem árida, passando a ideia de que faz muito, mas muito calor, com cenários cheios de poeira, terra e com construções de casas velhas em uma cidade minúscula e tediosa, bem no estilo faroeste. Custer, decide se responsabilizar pela Igreja local na qual seu pai era Pastor e assim, Jesse também torna-se um pastor. Custer é péssimo como pregador, mas faz o possível para melhorar as coisas e deixar seu passado tortuoso para trás.
Ele recebe a ajuda de Emily (Lucy Griffiths) para organizar as missas e tentar atrair mais moradores para a velha Igreja. Ela faz parte dos personagens que são “ridicularizados” nos quadrinhos e na série isso foi "amenizado". Essa personagem vai ganhando seu espaço com o avançar da história, mesmo não tendo muito carisma. Jesse percebe que os “fiéis” tornaram-se quase incrédulos quanto a existência divina e acreditam que Deus os abandonou. Custer se pergunta o mesmo em diversas vezes e clama por sinal ou mensagem de Deus, mas tudo foi em vão. Não querendo acreditar no abandono do Senhor e se sentido perdido, ele continua sua pregação e ajuda os cidadãos que buscam conselhos e apoio moral.
Cassidy, Jesse a Tulipa |
Ele recebe a ajuda de Emily (Lucy Griffiths) para organizar as missas e tentar atrair mais moradores para a velha Igreja. Ela faz parte dos personagens que são “ridicularizados” nos quadrinhos e na série isso foi "amenizado". Essa personagem vai ganhando seu espaço com o avançar da história, mesmo não tendo muito carisma. Jesse percebe que os “fiéis” tornaram-se quase incrédulos quanto a existência divina e acreditam que Deus os abandonou. Custer se pergunta o mesmo em diversas vezes e clama por sinal ou mensagem de Deus, mas tudo foi em vão. Não querendo acreditar no abandono do Senhor e se sentido perdido, ele continua sua pregação e ajuda os cidadãos que buscam conselhos e apoio moral.
Tulipa, Cassidy e Jesse Custer (respectivamente) |
O ateísmo, a religiosidade, o existencialismo, a moral e a ética são um dos temas mais bem explorados, mesmo que por vezes sendo sutil. Em certo momento, uma entidade chamada Gênesis percorre a Terra em busca de um hospedeiro e encontra Jesse Custer. A entidade lhe fornece o poder da palavra, onde Custer poderá utilizá-la para fazer com que qualquer pessoa o obedeça. Os problemas pessoais que os fiéis passam é apresentado como parte dos problemas que Custer quer solucionar, como a de um casal que aparentemente possui um relacionamento agressivo, mas o Pastor descobre que não é bem isso. Assim, ele enxerga como solução usar seu novo dom nos habitantes da cidade. Diversos personagens vieram direto das HQs, como Eugene (Ian Colletti), seu pai Xerife Root (W. Earl Brown) e Odin Quincannon (Jackie Earle Haley) por exemplo. Outro destaque vai para a dupla de anjos DeBlanc (Anatol Yusef) e Fiore (Tom Brooke) que são focados no objetivo de aprisionar o Gênesis e levá-lo de volta para o Céu.
Ruth Negga como Tulipa |
Joseph Gilgun como Cassidy |
Jesse Custer (Dominic Cooper) |
Percebi que Seth Rogen (Pineapple Express, A Entrevista) e Evan Goldberg fazem o possível para que Preacher chegue em um patamar digno, já que a alta fidelidade aos quadrinhos em uma adaptação seja para filmes ou séries, é sempre difícil, ainda mais com limites que um canal pode impor. Mesmo assim, Preacher possui todos os elementos necessários: blasfêmia, lutas, pecados, sobrenatural, humor negro e sangue. Muito sangue. Rogen e Goldberg são fãs declarados da HQ e enquanto esta é um roadie movie onde o trio (Custer, Tulipa e Cassidy) viajam em busca de Deus, na série há toda uma construção sobre os questionamentos pessoais da existência desse Deus. O termo roadie movie é usado para designar histórias que se passam na estrada, com viagens e aventuras. Ter altas doses de humor negro do jeito descompromissado é ótimo, já que seu enredo não agrada todos os tipos de público. Nas diversas cenas sangrentas, muitas tendem para a comédia. Referências de filmes e músicas não faltam e ao mesmo tempo que a história é densa, cheia de conflitos pessoais do protagonista e da monotonia dos habitantes de Annville, ela apresenta como se fosse um elemento surpresa, uma cena que nos tira do “conforto”.
Veja abaixo o trailer da primeira temporada:
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