Título: Eduardo e Mônica
Direção: René Sampaio
Gênero: Romance; Comédia romântica.
Elenco: Alice Braga, Gabriel Leone, Bruna Spínola, Victor Lamoglia, Otávio Augusto e etc.
Notinha: 10
SINOPSE: Em um dia atípico, uma série de coincidências levam Eduardo (Gabriel Leone) a conhecer Mônica (Alice Braga), tendo como pano de fundo uma festa estranha com pessoas esquisitas. Uma curiosidade é despertada entre os dois e apesar de não serem parecidos, eles se apaixonam perdidamente. Na cidade de Brasíla dos anos 80, esse amor precisará amadurecer e aprender a superar as diferenças. A comédia romântica é baseada na música homônima de Renato Russo, da banda Legião Urbana.
CRÍTICA
Vou começar essa crítica localizando a todos sobre o lugar no qual vos escrevo, não vivi os anos 80 na verdade nasci uma década depois então podemos dizer que a minha geração é herdeira dessa década icônica e marcante da histórica do nosso país e no mundo. Então respeito e reconheço o legado musical do Renato Russo e da Legião Urbana sendo estimado por toda uma geração de jovens que passaram por um processo de redemocratização cheios de esperança e temores quanto ao futuro do país e de certo modo nós em 2021 (que é quando escrevi essa crítica) conseguimos estranha e tristemente nos relacionar com esse sentimento de muitas formas, acabo de me dar conta. Agora voltando ao filme preciso dizer que essa adaptação muito me animou quando anunciada a anos atrás, ainda mais quando a dupla talentosa Alice Braga na pele da Mônica e Gabriel Leone como Eduardo entraram no projeto, achei assertiva a escalação e isso fica transparente nas telona.
Sobre a estrutura da história os fãs da canção acredito que ficarão felizes ao saber que é bem fiel a letra da música, até pequenos detalhes são mantidos o que achei uma feliz homenagem, a química entre o casal principal dá todo o tom do filme e mesmo conhecendo logo sabendo o fim da história, ainda assim senti uma animação para acompanhar o filme e ver como escolheram contar a histórica do casal mais famoso de Brasília. Além da dupla principal há personagens coadjuvantes bem afinados com a história expandida para o filme, achei bem redondinho o modo como algumas adições a história deixou ela ainda melhor quase como se fosse assim mesmo originalmente mas ainda não soubéssemos, é tudo que vou dizer.
É uma boa história já conhecida de todos nós, garoto conhece garota se apaixonada por todas aquelas coisas novas que ela o apresenta, como resistir? E ela por ele, por ser tão aberto e deslumbrado pelo seu universo, vou deixar pra vocês ouvirem na canção o resto disso ou irem checar nos cinemas mais próximo.
O nosso cinema está num momento de baixas e ataques e nós enquanto cidadãos brasileiros e amantes da sétima arte podemos resistir a políticas de supressão, não valorização e cortes para verbas e investimentos na cultura de um modo geral numa tentativa de enfraquecer o setor e sua notável criatividade por parte dos profissionais dessa indústria com trabalhos críticos que nos fazem refletir e demandar mudanças nas esferas sociais. Podemos responder também a esses desmandos além de irmos votar em outubro comparecendo aos cinemas, fortalecendo artistas que desde antes dos anos 80 seguem na linha de frente do progresso desse país. Viva Renato Russo, seu legado e o nosso país diverso!
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