Crítica | O Preço da Verdade

Título: O Preço da Verdade (Dark Waters)

Direção: Todd Haynes

Roteiro: Mario Correa, Matthew Michael Carnahan

Elenco: Mark Ruffalo, Anne Hathaway, Tim Robins, Bill Campo, Victor Garber, Bill Pullman

Sinopse: Baseado numa história verdadeira. Robert Bilott (Mark Ruffalo) é um advogado de defesa que confronta a empresa química DuPont para expor um horrível segredo de poluição ambiental.


 Crítica


Dark Waters é um filme polêmico, que te assusta por dois motivos: 

1. Grandes empresas têm muito poder sobre nossas vidas e sempre vão continuar tendo; 2. O que ainda não sabemos sobre outras empresas que são tão importantes quanto as reveladas nesse filme?

Eu entrei na sala de cinema sem saber do que se tratava, e a cada minuto que passava, era um choque diferente com tudo que nos foi revelado do início ao fim. Que empresas são mercenárias, desumanas e anti-ambientalistas, todos mundo sabe. Mas não sabemos o que eles nos escondem.

A história conta sobre o artigo "O advogado que se tornou o pior pesadelo da DuPont", que por um acaso, entrou no processo de defender um fazendeiro que reclamava da água do local, pois suas vacas estavam morrendo. Também com muita sorte, esse advogado defendia empresas químicas, ou seja: estava por dentro de todos os trâmites que aconteciam nas companhias e tinha certo acesso as informações. Por esse acaso, eu continuo pensando o quanto estamos nas mãos daqueles que tem poder, e principalmente dinheiro, e que estamos à mercê de que alguém encare os grandes (sem morrer).

O filme me chamou atenção em dois pontos. O roteiro nos apresenta uma história complexa de forma simplificada, tentando explicar os mínimos detalhes do que está acontecendo tanto para entender a parte química quando a que envolve a justiça, e principalmente faz isso de forma sutil. Outro ponto que eu fiquei impressionada (que não tem muito a ver com a história) foi a fotografia, que achei belíssima e muito delicada, mesmo se tratando de um assunto tão pesado. Acho que foi para contrabalancear com o peso da história.

A atuação do Mark Ruffalo não me chamou muito atenção, ele está sendo o mesmo personagem que é em praticamente todos os filmes. Ele é um bom ator? Sim, com certeza. Mas não me surpreende. A Anne Hathaway, que aparece apenas em 15 ou 20% do filme me agradou mais.

O que gostei muito no filme também foi o fato de que colocaram pessoas do caso real com o advogado Rob Bilott e sua esposa para fazerem figurantes. São detalhes que tornam o filme tão delicado e humano.

Eu recomendo o filme. Mais por ser informação importante que atinge, não só os Estados Unidos, como o mundo inteiro. Pois a empresa, DuPont, infelizmente importou Teflon para todos.

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